26 julho, 2017

de repente, acordo e o meu corpo está no chão, as minhas mãos na consciência e o vazio continua no coração. são horas de dormir ou de fugir, ou porque não. são horas de partir ou de me levar a solidão.
de repente, a ilusão de pertencer ao luar ou de me apagar na escuridão.
continuo sem saber e a fazer o que não sei ou o porquê de o fazer ou de não perceber o que outrora soube, mas agora não sei.
às vezes fingo que me importo o suficiente para acreditar, mas a crença vai e só fico eu e eu não me importo.
provavelmente, o sossego da noite me envolverá e assim, ao findar do sono, terei ainda mais sono e vontade de não acordar. por isso, não me acordes.
deitada no chão, a ver o tempo passar e as nuvens e o luar. ou à espera que o tempo decomponha o meu corpo deitado no chão, caído, atormentado e esmagado no chão. sou só eu e às vezes não chega. porque eu não me importo o suficiente para me levantar e alguém não me dá a mão e eu fico no chão. e, não me acordes, repito. estou cansada deste conflito. repito, estou apavorada. esquisito.
ninguém me vê e eu evito. tropeço no amor e no ódio e sobre mim mesma. quando dou por mim estou no chão. outra e outra vez ou pela milésima vez. repito, não é isto que eu quero. eu não quero isto! 

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