11 maio, 2015

a cabeça presa sobre os ombros não impede que esta paire para lá das nuvens. descontroladamente, gostava que esta voltasse e, por uma vez que fosse, se acalmasse. foram já demasiadas noites, com o coração nas mãos, palpitante, desesperada, sem saber o que fazer, o que dizer ou o que sentir. 
muitas vezes minto, invento mil e uma desculpas, finjo não estar quando na realidade estou. fico à espera, mas o futuro é incerto, assim como o tempo e a minha vontade de te ter de volta. perco-me perante tamanha incerteza, oxalá um dia obtenha as respostas a todas as minhas perguntas porque neste momento são muitas as perguntas e poucas as respostas. forçosamente calada... não se deve forçar a timidez, a menos que esta grite para que me rasgues e cortes e em seguida me cosas porque aparentemente não pareço quebrada o suficiente. 
mais um toque ligeiro sobre a minha mão, desperta em mim a imensa vontade de te agarrar e não largar mais. às vezes não aguento. admiro a tua inconscientemente rápida maneira de resolver problemas, ou deixar para trás o que já não mais nos pertence. porém, mais um arrepio e desejo que fiques. fica apenas mais um pouco, aqui ou num lugar algures, comigo.
quero-te, mas não demasiado. não pretendo que te tornes naquilo que eu sou... tento proteger-te de mim própria ao afastar-te, apesar de te querer tão perto. 
dentro de mim, não guardo espaço para mais ninguém, ou talvez o imenso espaço que em mim permanece, não esteja destinado a ti. 
não gosto de ter de pensar e repensar tudo na minha cabeça. gostava de poder dar-te a mão e fechar os olhos e não ter de pensar mais nisto nem noutra coisa qualquer. 

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