15 novembro, 2015

todas as manhãs quando acordo e me apercebo de que a cama está vazia, desejo que estejas aqui porque afinal, o meu coração perde-se de tantas vezes que penso em ti e a minha cabeça fica baralhada por não saber o que fazer sem ti.
parece ridículo e um tanto absurdo, mas se isto não está certo e se eu estou errada, então porque é que parece tão real? porque é que dói, mesmo sabendo que não me pertences, porque é que te quero a ti, mesmo sabendo que não me queres, e me entristece ao saber tudo isto porque preferia não saber.
quem não sabe, não teme e, talvez, este receio de que só existes para lá do mar, desaparecesse. talvez, se ouvisses a minha voz suplicar para que não te escondas mais porque, sinceramente, estou farta de te procurar. 
adormeço, somente para te ver...
apareces nos meus sonhos, como se planeado, e existes. aí consigo ver-te e ouvir-te e tocar-te; consigo beijar-te e pareces sentir a minha falta.
o tempo passa a voar e tu não esperas.
corro mas já não mais te avisto, muito menos te alcanço.
não entendo porque vais e porque não ficas.
não entendo... tudo me faz lembrar de ti. 
e são tão poucas as vezes que te recordas de como eu era; de nós os dois sentados lado a lado, no frio da noite, mas não importava porque estavas comigo e o calor do teu sorriso aquecia-me e a tua camisola fazia-me sentir em casa. 
isto já dura há demasiado tempo e chateia-me não te conseguir esquecer.
eu só quero acordar e não sentir um aperto no coração ao não te ver.
estou farta deste desespero, deste choro que me prende, desta ânsia de que me procures. as portas fecham-se e eu, estupidamente, procuro janelas pelas quais possa fugir. mas com que finalidade? no fim, tu nunca estás... e eu estou, e fico, sozinha. por isso, deixo-te do outro lado do azul e espero adormecer e não sonhar. 

Sem comentários:

Enviar um comentário