olho para trás e questiono-me se o caminho que até agora percorri será suficiente. pergunto-me se se orgulharão de mim e se depois de imensas batalhas travadas e obstáculos ultrapassados consegui tornar a minha pessoa naquilo que sempre admirei e tentei alcançar.
todo este caminho nunca será em vão.
aqui foram deixadas pegadas, e de todas elas guardo recordações.
os meus olhos viram já coisas que jamais irão esquecer.
não nego os tombos, as tentativas de parar e desistir, as alucinações de que nada mais poderia correr mal se me deixasse levar pelo vento e apenas me soltasse no encanto da manhã e do chilrear dos pássaros.
meio caminho andado, metade por percorrer.
corpos mortos, almas perdidas.
todas as flores caídas e deixadas para trás continuarão a embelezar a estrada e a indicar o caminho.
o destino fez delas aquilo que elas temiam mas nunca tiveram coração para deter.
por mais triste que seja de assistir, nunca a mente humana poderá ser contrariada e posta em tamanha perspectiva.
aprendi que não podemos viver por momentos, mas existem momentos que te fazem querer viver.
não deixes que te parem, não permitas que mudem o rumo que tu sonhaste um dia tomar controlo.
nada do que por lá acontecer deverá ser levado em vão mas sim guardado como se a sua perda indicasse o fim da tua jornada.
nunca um aventureiro perdido será visto como um derrotado a meus olhos.
e independentemente das escolhas feitas, pensadas e repensadas, espontâneas e inesperadas, são elas que fazem de ti quem tu és.
não possibilites que essas mentes mortas te transformem num corpo morto.
a tua hora de brilhar é toda a vez em que caminhas enquanto o sol brilha nos sonhadores dos teus olhos.
não vivas atrás da sombra da multidão na esperança de que um minuto de ouro passe e seja a tua vez de chegar à frente e falar.
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