todos aqueles que deixei no passado, continuam presentes no mais pequeno e escondido lugar de que alguma vez ouvi falar. nele permanecem, intocáveis, imóveis e firmes, como se defendessem algo. algo que eu própria não controlo. algo bem mais forte do que eu.
apesar de não estarem presentes, como em tempos estiveram, perseguem-me e por vezes dão mesmo a entender que, tal como eu, nada caiu no esquecimento.
dão-me sinais que me baralham. um dia agem como se eu nunca tivesse ido embora, e no outro fecham-se no seu mundo e nem uma janela abrem.
eu deixei de tentar decifrar estas suas mensagens, pois tornava-se para mim mais difícil do que talvez um breve e triste adeus.
penso que existem coisas às quais não somos capazes de suportar, e esta é uma delas.
há que saber agir e terminar com situações que nos deixam desconfortáveis. há que saber deixar partir quem nos impede de ir para além dos nossos sonhos.
eu não deixarei que se oponham ao meu futuro, pois nem mesmo eu o faço. nem mesmo eu me questiono acerca de tretas que um dia acabaram por surgir ao de cima.
e quando toda a água turva se clarear, tudo será como devia de ser. e, nesse dia, as pessoas que acharam que eu tinha ou riria cometer um erro, admirar-me-ião ao ver o quão longe consegui ir, sem nenhum deles.
podemos ter frequentes pensamentos de que sozinhos não chegamos lá. eu acreditava nesse lema, nessa opinião de pessoas sem carácter e posso dizer que já não penso mais assim.
nós podemos fazer tudo o que quisermos, se nos dedicarmos de corpo e alma.
não deixem, jamais, que vos digam que não são bons o suficiente ou que aquilo que pensam ser certo é na realidade errado. deixem-se levar por aquilo que vos faz mais feliz. e no fim, verão que tudo valeu a pena, tudo teve um sentido.
o tudo é construído por ti, e é por ti que o tudo está à espera de ser moldado.
e lembra-te, não sabes se tens mãos de artista até concluíres a tua obra de arte.
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