14 outubro, 2015

as pessoas raramente param, nem mesmo por uma fração de segundo, não se sentam com a perna alçada ou os braços cruzados e se debruçam sobre a vida, mais propriamente a sua vida. tanto do seu tempo é desperdiçado em esquemas manhosos engendrados por inventores de sonhos. na realidade metade deles são atirados em vão pela janela pois é bem mais fácil desistir deles do que acreditar que estes merecem credibilidade. tal e qual as pessoas, ambos são frágeis. o facto de depositarem as suas crenças em algo que lhes retira anos de vida deveria ser considerado crime. mas interrogo-me se tamanha desavessa entre terra e lua causaria danos colaterais naqueles que lá habitam; e chego à conclusão de que independentemente da dimensão da ilusão em que vives, não importa as zaragatas que existam ou as falhas que se sucedam, nem mesmo as estrelas que ficaram perdidas na escuridão da galáxia: todos percorremos por entre vidro espelhaçado, no qual somos capazes de ver o nosso reflexo e ver o quão iguais somos embora todas as nossas diferenças e individualidades. todos estamos sozinhos neste mundo e num outro, até que o tempo pare e os junte aos dois tornando-o um só.

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