04 maio, 2011

diferente

o meu talento é não ter talento.
sempre me disseram que toda a gente nascia para ser alguém. pois eu, não sou ninguém.
ensinaram-me a lutar e nunca desistir, mas eu não tenho nada por alcançar.
falaram-me também sobre a beleza do desconhecido. cá para mim, é impossível amar algo que eu desconheço.
escutei histórias de fantasia e finais felizes, apesar de que fora desses contos, uma história nem sempre tem um final feliz.
disseram-me que tudo havia sido traçado, cada um com o seu destino, cada qual com a sua razão de viver. porém, não me imagino com uma rota já definida.
eu, não pertenço a ninguém.
não pertenço aqui.
fugi e vou continuar a fugir, até que tudo o que até agora foi interiorizado na minha mente se torne na pura das verdades.
pois eu sou diferente.
morro senão abandonar este labirinto.
a derrota, a desilusão tornam-me frágeis.
eu procuro sempre ser forte, mas quando existe algo mais potente, não posso suportar e desapareço.
por menos sentido que faça, ganho asas e voou para longe. para longe de tudo.
e só quando tudo me parece racional, eu volto.
mas nunca para sempre.

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